O capítulo de 2 Reis 4 é abundantemente marcado pelo poder de Deus na vida de Eliseu, o profeta. Aqui, vemos intervenções maravilhosas do poder de Deus e sua abundância.
O primeiro relato, é o da viúva pobre do profeta. A mulher vai até Eliseu, dizendo que por toda a vida, seu marido foi fiel ao Senhor, mas tendo morrido ele, o sustento da casa se foi.
Com isso, as dívidas começaram e cresceram, a ponto e os credores a ameaçarem de levar seus dois filhos como escravos para quitar o débito. Ela vai até Eliseu, com a esperança de que ele possa lhe ajudar a resolver o problema.
O profeta pergunta o que ela tem em casa. Ela responde que não tem nada, a não ser uma botija de azeite.
Eliseu ordena que ela vá por toda a vizinhança e pegue quantas vasilhas puder, em seguida, ela deve se trancar em casa, e com a botija que tem azeite, encher as outras, até que todas estejam cheias.
Ela foi e fez conforme a palavra do profeta, e todas as muitas vasilhas foram cheias com o azeite que havia em apenas uma delas.
Voltando a Eliseu para saber o que fazer, o profeta lhe disse para vender o azeite, pagar a dívida e viver com o restante do dinheiro.
Há algumas coisas importantes a destacar aqui:
- A atitude da mulher em não se conformar com a miséria e buscar a Deus;
- Deus é poderoso para usar o pouco que temos;
- Esteja com o coração aberto à direção de Deus;
- Siga a direção de Deus, por mais estranha que pareça;
- Deus é multiplicador e abundante;
- Ele supre as nossas necessidades reais, mesmo em contextos contrários;
- Ele honra à memória de seus servos fieis.
A sunamita e o seu filho
Indo a Suném, Eliseu passou a ter seu comportamento observado por uma sunamita rica e sentiu o desejo de abençoar a vida dele com comida, e sempre o recebia em sua casa, para fazer refeições.
Passado um tempo, ela conversou com seu marido sobre sua ideia de fazer um quarto, onde Eliseu pudesse repousar e orar. Algo que ele consentiu, e foi feito.
Quando tudo estava pronto, Eliseu pediu a Geazi, seu ajudante, para perguntar a mulher se ela gostaria de receber algo como forma de gratidão pelo bom acolhimento, e ela respondeu que não.
Contudo, Geazi percebeu que ela não tinha filhos, e disse isso a Eliseu. O profeta pediu que ela fosse chamada, e estando diante dele, profetizou que no tempo de Deus ela ficaria grávida e daria à luz a um filho.
Extremamente surpresa, a sunamita, pensa estar sendo enganada, mas pouco tempo depois ela engravida, e finalmente seu filho nasce.
Porém, sendo o menino crescido (idade não revelada), sentiu uma dor de cabeça e morreu e foi levado por um dos servos da família, a mãe, que guardou segredo de todos, inclusive do marido e foi até Eliseu.
No caminho ela encontrou com Geazi, servo do profeta, que lhe perguntou como estavam as coisas, e ela respondeu que tudo estava bem.
Mas quando chegou diante de Eliseu, derramou seu coração e revelou sua tristeza e frustração.
De início, Eliseu ordenou que Geazi fosse até o menino para revivê-lo, mas sem sucesso. Por fim, o próprio Eliseu foi.
O profeta orou a princípio, e em seguida, por duas vezes se deitou sobre, e o filho da sunamita voltou a vida.
Lições importantes deste texto:
- Embora rica, a sunamita era generosa e temente a Deus;
- Era submissa ao marido, não fez nada sem antes consulta-lo;
- Não serviu por interesse;
- Foi agraciada por seu serviço, com um filho, mesmo sem pedir;
- Deus conhece os desejos mais profundos do nosso coração;
- Coisas graves podem acontecer a nossa vida, mas não devemos perder a fé;
- Compartilhe seu problema com quem pode resolvê-lo;
- Esteja com a alma aberta a vontade de Deus.
A Morte na Panela e a Multiplicação de Pães
Os habitantes de Gilgal estavam enfrentando grande escassez de comida. E acabaram comendo, comida envenenada. Todos morreriam, caso Eliseu não tivesse sido chamado.
Ele colocou farinha na panela e ordenou que todos comessem novamente. Miraculosamente o veneno foi neutralizado e ninguém morreu.
Por fim, vemos a primeira multiplicação de pães, da história bíblica. Foram trazidos a Eliseu 20 pães, e ele ordenou que fosse distribuído a todo o povo.
O servo questionou como isso era possível? Eram apenas 20 pães para muitas pessoas. Mas mesmo assim obedeceu, e tendo feito, todo o povo tirou pães do cesto até se fartarem e mesmo assim ainda sobrou pão.
Como nosso Deus é bom e abundante. Ele transforma a morte em vida e o pouco em muito. Em nossos dias o Senhor continua fazendo o mesmo, tudo o que Ele precisa, é de espaço.
Esboço de 2 Reis 4:
4.1 – 7: Deus multiplica o azeite da viúva
4.8 – 17: Eliseu e a Sunamita
4.18 – 37: Ressurreição do Filho da Sunamita
4.38 – 44: Primeira multiplicação de pães da história
2 Reis 4.1 – 7: Deus multiplica o azeite da viúva
1 Certo dia, a mulher de um dos discípulos dos profetas foi falar a Eliseu: “Teu servo, meu marido, morreu, e tu sabes que ele temia o Senhor. Mas agora veio um credor que está querendo levar meus dois filhos como escravos”.
2 Eliseu perguntou-lhe: “Como posso ajudá-la? Diga-me, o que você tem em casa?” E ela respondeu: “Tua serva não tem nada além de uma vasilha de azeite”.
3 Então disse Eliseu: Vá pedir emprestadas vasilhas a todos os vizinhos. Mas peça muitas.
4 Depois entre em casa com seus filhos e feche a porta. Derrame daquele azeite em cada vasilha e vá separando as que você for enchendo.
5 Depois disso ela foi embora, fechou-se em casa com seus filhos e começou a encher as vasilhas que eles lhe traziam.
6 Quando todas as vasilhas estavam cheias, ela disse a um dos filhos: “Traga-me mais uma”. Mas ele respondeu: “Já acabaram”. Então o azeite parou de correr.
7 Ela foi e contou tudo ao homem de Deus, que lhe disse: “Vá, venda o azeite e pague suas dívidas. E você e seus filhos ainda poderão viver do que sobrar”.
2 Reis 4.8 – 17: Eliseu e a Sunamita
8 Certo dia, Eliseu foi a Suném, onde uma mulher rica insistiu que ele fosse tomar uma refeição em sua casa. Depois disso, sempre que passava por ali, ele parava para uma refeição.
9 Em vista disso, ela disse ao marido: Sei que esse homem que sempre vem aqui é um santo homem de Deus.
10 Vamos construir lá em cima um quartinho de tijolos e colocar nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lamparina para ele. Assim, sempre que nos visitar ele poderá ocupá-lo.
11 Um dia, quando Eliseu chegou, subiu ao seu quarto e deitou-se.
12 Ele mandou o seu servo Geazi chamar a sunamita. Ele a chamou e, quando ela veio,
13 Eliseu mandou Geazi dizer-lhe: “Você teve todo este trabalho por nossa causa. O que podemos fazer por você? Quer que eu interceda por você junto ao rei ou ao comandante do exército?” Ela respondeu: “Estou bem entre a minha própria gente”.
14 Mais tarde Eliseu perguntou a Geazi: “O que se pode fazer por ela?” Ele respondeu: “Bem, ela não tem filhos, e seu marido é idoso”.
15 Então Eliseu mandou chamá-la de novo. Geazi a chamou, ela veio até a porta
16 e ele disse: “Por volta desta época, no ano que vem, você estará com um filho nos braços”. Ela contestou: “Não, meu senhor. Não iludas a tua serva, ó homem de Deus!”
17 Mas, como Eliseu lhe dissera, a mulher engravidou e, no ano seguinte, por volta daquela mesma época, deu à luz um filho.
2 Reis 4.18 – 37: Ressurreição do Filho da Sunamita
18 O menino cresceu e, certo dia, foi encontrar-se com seu pai, que estava com os ceifeiros.
19 De repente ele começou a chamar o pai, gritando: “Ai, minha cabeça! Ai, minha cabeça!” O pai disse a um servo: “Leve-o para a mãe dele”.
20 O servo o pegou e o levou à mãe. O menino ficou no colo dela até o meio-dia, e morreu.
21 Ela subiu ao quarto do homem de Deus, deitou o menino na cama, saiu e fechou a porta.
22 Ela chamou o marido e disse: “Preciso de um servo e de uma jumenta para ir falar com o homem de Deus. Vou e volto logo”.
23 Ele perguntou: “Mas, por que hoje? Não é lua nova nem sábado!” Ela respondeu: “Não se preocupe”.
24 Ela mandou selar a jumenta e disse ao servo: “Vamos rápido; só pare quando eu mandar”.
25 Assim ela partiu para encontrar-se com o homem de Deus no monte Carmelo. Quando ele a viu a distância, disse a seu servo Geazi: Olhe! É a sunamita!
26 Corra ao seu encontro e pergunte a ela: “Está tudo bem com você? Tudo bem com seu marido? E com seu filho?”” Ela respondeu a Geazi: “Está tudo bem”.
27 Ao encontrar o homem de Deus no monte, ela se abraçou aos seus pés. Geazi veio para afastá-la, mas o homem de Deus lhe disse: “Deixe-a em paz! Ela está muito angustiada, mas o Senhor nada me revelou e escondeu de mim a razão de sua angústia”.
28 E disse a mulher: “Acaso eu te pedi um filho, meu senhor? Não te disse para não me dar falsas esperanças?”
29 Então Eliseu disse a Geazi: “Ponha a capa por dentro do cinto, pegue o meu cajado e corra. Se você encontrar alguém, não o cumprimente e, se alguém o cumprimentar, não responda. Quando lá chegar, ponha o meu cajado sobre o rosto do menino”.
30 Mas a mãe do menino disse: “Juro pelo nome do Senhor e por tua vida que, se ficares, não irei”. Então ele foi com ela.
31 Geazi chegou primeiro e pôs o cajado sobre o rosto do menino, mas ele não falou nem reagiu. Então Geazi voltou para encontrar-se com Eliseu e lhe disse: “O menino não voltou a si”.
32 Quando Eliseu chegou à casa, lá estava o menino, morto, estendido na cama.
33 Ele entrou, fechou a porta e orou ao Senhor.
34 Depois deitou-se sobre o menino, boca a boca, olhos com olhos, mãos com mãos. Enquanto se debruçava sobre ele, o corpo do menino ia se aquecendo.
35 Eliseu levantou-se e começou a andar pelo quarto; depois subiu na cama e debruçou-se mais uma vez sobre ele. O menino espirrou sete vezes e abriu os olhos.
36 Eliseu chamou Geazi e o mandou chamar a sunamita. E ele obedeceu. Quando ela chegou, Eliseu disse: “Pegue seu filho”.
37 Ela entrou, prostrou-se a seus pés, curvando-se até o chão. Então pegou o filho e saiu.
2 Reis 4.38 – 44: Primeira multiplicação de pães da história
38 Depois Eliseu voltou a Gilgal. Nesse tempo a fome assolava a região. Quando os discípulos dos profetas estavam reunidos com ele, ordenou ao seu servo: “Ponha o caldeirão no fogo e faça um ensopado para estes homens”.
39 Um deles foi ao campo apanhar legumes e encontrou uma trepadeira. Apanhou alguns de seus frutos e encheu deles o seu manto. Quando voltou, cortou-os em pedaços e colocou-os no caldeirão do ensopado, embora ninguém soubesse o que era.
40 O ensopado foi servido aos homens, mas, logo que o provaram, gritaram: “Homem de Deus, há morte na panela!” E não puderam mais tomá-lo.
41 Então Eliseu pediu um pouco de farinha, colocou no caldeirão e disse: “Sirvam a todos”. E já não havia mais perigo no caldeirão.
42 Veio um homem de Baal-Salisa, trazendo ao homem de Deus vinte pães de cevada, feitos dos primeiros grãos da colheita, e também algumas espigas verdes. Então Eliseu ordenou ao seu servo: “Sirva a todos”.
43 O auxiliar de Eliseu perguntou: “Como poderei servir isso a cem homens?” Eliseu, porém, respondeu: “Sirva a todos, pois assim diz o Senhor: “Eles comerão, e ainda sobrará””.
44 Então ele serviu a todos e, conforme a palavra do Senhor, eles comeram e ainda sobrou.
Muito bem explicado
Eu amo ler as explicacões deste sait
Paz de Cristo há algumas correções a serem feitas