Em Cânticos 5 vemos que o casal vivaz e apaixonada enfrenta sua primeira crise. A poesia do texto suaviza a intensidade do conflito, mas foi intensa.
A indiferença da amada para com ele, fez com que perdesse a paciência e partisse. Quando percebeu, ela rapidamente o seguiu, mas não o encontrando, pediu ajuda para encontra-lo.
Momentos de tensão, certas crises e dificuldades, são “normais” no relacionamento. Com o passar do tempo e o amadurecimento do casal, muita coisas do início deixam de ser praticadas e a sensibilidade ao toque e ao amor, parece diminuir.
Porém, não podemos permitir que isso se instaure de forma que destrua o relacionamento.
A maturidade dele nos levar a outros níveis de amor e não a morte dele. O tempo não deve deixar o casamento sem graça, mas acrescentar novos desafios.
Sonhos do início que ainda não foram realizados, viagens, morar em outro lugar, enfim. Tudo isso deve ser considerado.
Particularmente, eu e Carol gostamos de trabalhar com metas. Quando batemos uma, partimos para a outra. Isso faz com que nosso relacionamento esteja sempre se movimentando para frente e nos mantendo motivados.
Esboço de Cânticos 5:
5.1 – 6: O Amado se foi
5.7 – 10: Ele é destacado
5.11 – 16: Admiração pelo Amado
Cânticos 5.1 – 6: O Amado se foi
1 Entrei em meu jardim, minha irmã, minha noiva; ajuntei a minha mirra comas minhas especiarias. Comi o meu favo e o meu mel; bebi o meu vinho e o meu leite. Comam, amigos, bebam quanto puderem, ó amados!
2 Eu estava quase dormindo, mas o meu coração estava acordado. Escutem! O meu amado está batendo. Abra-me a porta, minha irmã, minha querida, minha pomba, minha mulher ideal, pois a minha cabeça está encharcada de orvalho, o meu cabelo, da umidade da noite.
3 Já tirei a túnica; terei que vestir-me de novo? Já lavei os pés; terei que sujá-los de novo?
4 O meu amado pôs a mão por uma abertura da tranca; meu coração começou a palpitar por causa dele.
5 Levantei-me para abrir-lhe a porta; minhas mãos destilavam mirra, meus dedos vertiam mirra, na maçaneta da tranca.
6 Eu abri, mas o meu amado se fora; o meu amado já havia partido. Quase desmaiei de tristeza! Procurei-o, mas não o encontrei. Eu o chamei, mas ele não respondeu.
Cânticos 5.7 – 10: Ele é destacado
7 As sentinelas me encontraram enquanto faziam a ronda na cidade. Bateram-me, feriram-me; e tomaram o meu manto, as sentinelas dos muros!
8 Ó mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar: se encontrarem o meu amado, que dirão a ele? Digam-lhe que estou doente de amor.
9 Que diferença há entre o seu amado e outro qualquer, ó você, das mulheres a mais linda? Que diferença há entre o seu amado e outro qualquer, para você nos obrigar a tal promessa?
10 O meu amado tem a pele bronzeada; ele se destaca entre dez mil.
Cânticos 5.11 – 16: Admiração pelo Amado
11 Sua cabeça é como ouro, o ouro mais puro; seus cabelos ondulam ao vento como ramos de palmeira; são negros como o corvo.
12 Seus olhos são como pombas junto aos regatos de água, lavados em leite, incrustados como joias.
13 Suas faces são como um jardim de especiarias que exalam perfume. Seus lábios são como lírios que destilam mirra.
14 Seus braços são cilindros de ouro com berilo neles engastado. Seu tronco é como marfim polido adornado de safiras.
15 Suas pernas são colunas de mármore firmadas em bases de ouro puro. Sua aparência é como o Líbano; ele é elegante como os cedros.
16 Sua boca é a própria doçura; ele é mui desejável. Esse é o meu amado, esse é o meu querido, ó mulheres de Jerusalém.