Em Deuteronômio 15 o povo é lembrado sobre a importância de observarem a prática do ano da remissão, onde o escravo deveria ser liberto e toda dívida perdoada. O objetivo de Deus era manter todo o Seu povo com um padrão de vida digno, onde ninguém tivesse falta da necessidades principais, como: comida, água e roupa.
O israelita, sobe nenhuma hipótese deveria morrer de fome, caso contrário, a nação responderia a isso como pecado diante do Senhor.
Outro ponto muito importante a ser esclarecido, é o de que a escravidão de um israelita não era a mesma que escravatura forçada da quais milhares de africanos foram vítimas brutais.
Nem mesmo como as de hoje, onde milhões de adultos e crianças em todo o mundo, são subjugados.
A escravidão em Israel era temporária, não podia passar de seis anos. O escravo deveria ser bem tratado, não havia espancamento ou tortura, em nenhuma hipótese. Recebia todas as refeições diárias e tinha um bom local para dormir.
A escravidão normalmente acontecia, quando a pessoa estava endividada e não tinha como pagar, então fazia uma espécie de acordo de trabalho que era chamado de escravidão, para pagar a dívida.
Caso o valor que ele devesse fosse superior aos seis anos pelos quais deveria trabalhar, o restante da dívida deveria ser perdoada e ele estava livre para seguir sua vida.
Nada a ver com o sistema de financiamento de dívidas que temos em nossos dias, onde a maioria das pessoas que caem, dificilmente conseguem se erguer.
Esboço de Deuteronômio 15:
15.1 – 11: Ano da remissão
15.12 – 18: Repetição da lei ao hebreu
15.19 – 23: Primogênitos dos gados
Deuteronômio 15.1 – 11: Ano da remissão
1 No final de cada sete anos as dívidas deverão ser canceladas.
2 Isso deverá ser feito da seguinte forma: todo credor cancelará o empréstimo que fez ao seu próximo. Nenhum israelita exigirá pagamento de seu próximo ou de seu parente, porque foi proclamado o tempo do Senhor para o cancelamento das dívidas.
3 Vocês poderão exigir pagamento do estrangeiro, mas terão que cancelar qualquer dívida de seus irmãos israelitas.
4 Assim, não deverá haver pobre algum no meio de vocês, pois na terra que o Senhor, o seu Deus, lhes está dando como herança para que dela tomem posse, ele os abençoará ricamente,
5 contanto que obedeçam em tudo ao Senhor, o seu Deus, e ponham em prática toda esta lei que hoje lhes estou dando.
6 Pois o Senhor, o seu Deus, os abençoará conforme prometeu, e vocês emprestarão a muitas nações, mas de nenhuma tomarão emprestado. Vocês dominarão muitas nações, mas por nenhuma serão dominados.
7 Se houver algum israelita pobre em qualquer das cidades da terra que o Senhor, o seu Deus, lhes está dando, não endureçam o coração, nem fechem a mão para com o seu irmão pobre.
8 Ao contrário, tenham mão aberta e emprestem-lhe liberalmente o que ele precisar.
9 Cuidado! Que nenhum de vocês alimente este pensamento ímpio: “O sétimo ano, o ano do cancelamento das dívidas, está se aproximando, e não quero ajudar o meu irmão pobre”. Ele poderá apelar para o Senhor contra você, e você será culpado desse pecado.
10 Dê-lhe generosamente, e sem relutância no coração; pois, por isso, o Senhor, o seu Deus, o abençoará em todo o seu trabalho e em tudo o que você fizer.
11 Sempre haverá pobres na terra. Portanto, eu lhe ordeno que abra o coração para o seu irmão israelita, tanto para o pobre como para o necessitado de sua terra.
Deuteronômio 15.12 – 18: Repetição da lei ao hebreu
12 Se seu compatriota hebreu, homem ou mulher, vender-se a você e servi-lo seis anos, no sétimo ano dê-lhe a liberdade.
13 E, quando o fizer, não o mande embora de mãos vazias.
14 Dê-lhe com generosidade dos animais do seu rebanho e do produto da sua eira e do seu tanque de prensar uvas. Dê-lhe conforme a bênção que o Senhor, o seu Deus, lhe tem dado.
15 Lembre-se de que você foi escravo no Egito e que o Senhor, o seu Deus, o redimiu. É por isso que hoje lhe dou essa ordem.
16 Mas se o seu escravo lhe disser que não quer deixá-lo, porque ama você e sua família e não tem falta de nada,
17 então apanhe um furador e fure a orelha dele contra a porta, e ele se tornará seu escravo para o resto da vida. Faça o mesmo com a sua escrava.
18 Não se sinta prejudicado ao libertar o seu escravo, pois o serviço que ele prestou a você nesses seis anos custou a metade do serviço de um trabalhador contratado. Além disso, o Senhor, o seu Deus, o abençoará em tudo o que você fizer.
Deuteronômio 15.19 – 23: Primogênitos dos gados
19 Separe para o Senhor, o seu Deus, todo primeiro macho de todos os seus rebanhos. Não use a primeira cria das suas vacas para trabalhar, nem tosquie a primeira cria das suas ovelhas.
20 Todo ano você e a sua família as comerão na presença do Senhor, o seu Deus, no local que ele escolher.
21 Se o animal tiver defeito, ou for manco ou cego, ou tiver qualquer outro defeito grave, você não poderá sacrificá-lo ao Senhor, o seu Deus.
22 Coma-o na cidade onde estiver morando. Tanto o cerimonialmente impuro quanto o puro o comerão, como se come a carne da gazela ou do veado.
23 Mas não poderá comer o sangue; derrame-o no chão como se fosse água.
Se apenas ouvires, atentamente, a voz do Senhor teu Deus, esse é o segredo.
Bom esse estudo