Em Deuteronômio 16 vemos a citação de três, das sete festas anuais de Israel. Em Levítico 23 todas as festas são listadas, bem como seu propósito simbólico para os nossos dias. A citação dessas três festas possui alguns objetivos:
Recordação – o povo deveria trazer, anualmente à memória, os feitos do Senhor na saída do Egito, isso era feito na Páscoa. A grande salvação operada por Deus naqueles dias não pode ser esquecida, assim como os feitos do Senhor em nossa vida por intermédio de Cristo. Sendo assim, a Páscoa cristã é também um memorial importante da bondade e da graça de Deus que não pode ser esquecido.
Expiação – a morte do cordeiro deveria trazer à memória do povo a imensa necessidade de perdão e de expiação, isto é, alguém que levasse sobre si as suas culpas. Da mesma forma, acontece em nossos dias. Durante a Santa Ceia, quando participamos do cálice, estamos dizendo ao Senhor que reconhecemos a necessidade de perdão e expiação, e que ambas nos foram dadas em Cristo.
Santificação – Perceba que estes sacrifícios deveria ser oferecidos sem fermento, mostrando que a santidade convém a família de Deus. Da mesma forma, nos devemos seguir a santificação e a honra, sem a qual ninguém verá ao Senhor (Hebreus 12:14).
Local único de adoração – A Israel estava proibido adorar em todos os lugares, eles deveriam consagrar um local único de adoração e ali, invocar o Nome do Senhor. Em nossos dias, esse local único de adoração é o Nome de Jesus.
Alegria – Durante estas festas o povo deveria se alegrar em Deus, com regozijo, júbilo, danças, enfim, era um momento de celebração. Servimos a um Deus alegre, animado e feliz, devemos nos também escolher este caminho.
Comunhão – Visto que a alegria era contagiante, era um momento que produzia muita comunhão entre os israelitas. As classes sociais eram esquecidas e todos: pobres, viúvas, órfãos e ricos, celebravam juntos e comiam alegremente da mesma mesa, diante do Senhor. Vemos a mesma figura na Santa Ceia, onde todos os cristãos comem juntos e participam do corpo e do sangue do Senhor.
Pensamento nas coisas do alto – Enquanto estavam envolvidos com as celebrações do Senhor, o pensamento do israelita estava voltado para aquilo que agrada a Deus e o satisfaz. Da mesma forma deve ser conosco e ainda mais intenso, pois o nosso culto deve ser constante, dessa forma, nosso pensamento deve estar firmado no Senhor.
Esboço de Deuteronômio 16:
16.1 – 17: A remissão anual
16.18 – 22: Administração da justiça
Deuteronômio 16.1 – 17: A remissão anual
1 Observem o mês de abibe e celebrem a Páscoa do Senhor, o seu Deus, pois no mês de abibe, de noite, ele os tirou do Egito.
2 Ofereçam como sacrifício da Páscoa ao Senhor, o seu Deus, um animal dos rebanhos de bois ou de ovelhas, no local que o Senhor escolher para habitação do seu Nome.
3 Não o comam com pão fermentado, mas durante sete dias comam pães sem fermento, o pão da aflição, pois foi às pressas que vocês saíram do Egito, para que todos os dias da sua vida vocês se lembrem da época em que saíram do Egito.
4 Durante sete dias não permitam que seja encontrado fermento com vocês em toda a sua terra. Tampouco permitam que alguma carne sacrificada à tarde do primeiro dia permaneça até a manhã seguinte.
5 Não ofereçam o sacrifício da Páscoa em nenhuma das cidades que o Senhor, o seu Deus, lhes der;
6 sacrifiquem-na apenas no local que ele escolher para habitação do seu Nome. Ali vocês oferecerão o sacrifício da Páscoa à tarde, ao pôr-do-sol, na data da sua partida do Egito.
7 Vocês cozinharão a carne do animal e a comerão no local que o Senhor, o seu Deus, escolher. E, pela manhã, cada um de vocês voltará para a sua tenda.
8 Durante seis dias comam pão sem fermento, e no sétimo dia façam uma assembléia em honra ao Senhor, o seu Deus; não façam trabalho algum.
9 Contem sete semanas a partir da época em que vocês começarem a colheita do cereal.
10 Celebrem então a festa das semanas ao Senhor, o seu Deus, e tragam uma oferta voluntária conforme às bênçãos recebidas do Senhor, o seu Deus.
11 E alegrem-se perante o Senhor, o seu Deus, no local que ele escolher para habitação do seu Nome, junto com os seus filhos e as suas filhas, os seus servos e as suas servas, os levitas que vivem na sua cidade, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem com vocês.
12 Lembrem-se de que vocês foram escravos no Egito e obedeçam fielmente a estes decretos.
13 Celebrem também a festa das cabanas durante sete dias, depois que ajuntarem o produto da eira e do tanque de prensar uvas.
14 Alegrem-se nessa festa com os seus filhos e as suas filhas, os seus servos e as suas servas, os levitas, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem na sua cidade.
15 Durante sete dias celebrem a festa, dedicada ao Senhor, o seu Deus, no local que o Senhor escolher. Pois o Senhor, o seu Deus, os abençoará em toda a sua colheita e em todo o trabalho de suas mãos, e a sua alegria será completa.
16 Três vezes por ano todos os seus homens se apresentarão ao Senhor, o seu Deus, no local que ele escolher, por ocasião da festa dos pães sem fermento, da festa das semanas e da festa das cabanas. Nenhum deles deverá apresentar-se ao Senhor de mãos vazias:
17 cada um de vocês trará uma dádiva conforme as bênçãos recebidas do Senhor, o seu Deus.
Deuteronômio 16.18 – 22: Administração da justiça
18 Nomeiem juízes e oficiais para cada uma de suas tribos em todas as cidades que o Senhor, o seu Deus, lhes dá, para que eles julguem o povo com justiça.
19 Não pervertam a justiça nem mostrem parcialidade. Não aceitem suborno, pois o suborno cega até os sábios e prejudica a causa dos justos.
20 Sigam única e exclusivamente a justiça, para que tenham vida e tomem posse da terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá.
21 Não ergam nenhum poste sagrado além do altar que construírem em honra ao Senhor, o seu Deus,
22 e não levantem nenhuma coluna sagrada, pois isto é detestável para o Senhor, o seu Deus.