Em Êxodo 8 vemos cair sobre o Egito a praga das rãs, que era também considerada uma divindade egípcia (deusa Heqet) responsável pelo fôlego da vida.
Estes animais eram vistos normalmente às margens do rio Nilo, mas agora, como uma peste eles invadiram as casas, as cozinhas, os quartos e andavam sobre as pessoas, que não consideravam matá-las, pois eram sagradas.
Com suas magias, os feiticeiros egípcios também conseguiram replicar esta praga, mas dessa vez Faraó ficou muito incomodado e pediu a Moisés e Arão que orasse ao Senhor pedindo que praga fosse cessada, sob a promessa de que deixaria o povo de Israel, ir.
Após a oração de Moisés e Arão, a praga cessou e Faraó, percebendo, não manteve sua palavra. Israel continuou escravo no Egito.
Ninguém jamais pegará Deus de surpresa, Ele é Soberano na História e cada um dos nossos movimentos são plenamente conhecidos.
Faraó era um homem ímpio que não velava por sua palavra, mas Deus é Eterno e cumpre o que diz.
A Terceira Praga: os Piolhos
A praga dos piolhos ou insetos, provocou grande perturbação no Egito. Em grande número e sem aviso prévio, eles cobriram animais e seres humanos.
Esta terceira praga os feiticeiros egípcios não conseguiram imitar e reconheceram a Faraó: “Isso é o dedo de Deus” (v.19).
Mesmo assim, o rei do Egito continuou endurecido e não se arrependeu.
A Quarta Praga: Moscas
Aqui, vemos que Deus anuncia que esta fazendo distinção entre os israelitas e os egípcios. Ele garante que as moscas não chegarão a Gósen, onde estava seu povo, permaneceria apenas sobre os egípcios.
Isso nos mostra o cuidado de Deus conosco, mesmo estando no mesmo contexto, muitas vezes, somos poupados de uma série de danos que assolam aqueles que não tem comunhão com Deus.
As praga das moscas causaria ainda mais dor sobre o Egito e era a representação de mais uma de suas divindades.
Desta vez, Faraó diz que os israelitas podem sacrificar ao Seu Deus, mas no Egito, não no deserto.
Mais uma vez, Moisés orou ao Senhor e a praga cessou, com isso, o servo de Deus ganhava mais autoridade diante de faraó e do seu povo, além de impor cada vez mais a consciência do poder de Deus.
Esboço de Êxodo 8:
8.1 – 7: A praga das rãs
8.8 – 14: O pedido de Faraó
8.15 – 19: A praga dos piolhos
8.20 – 23: As palavras de Deus
8.24 – 31: A praga das moscas
8.32: A obstinação de Faraó
Êxodo 8.1 – 7: A praga das rãs
1 O Senhor falou a Moisés: Vá ao faraó e diga-lhe que assim diz o Senhor: Deixe o meu povo ir para que me preste culto.
2 Se você não quiser deixá-lo ir, mandarei sobre todo o seu território uma praga de rãs.
3 O Nilo ficará infestado de rãs. Elas subirão e entrarão em seu palácio, em seu quarto, e até em sua cama; estarão também nas casas dos seus conselheiros e do seu povo, dentro dos seus fornos e nas suas amassadeiras.
4 As rãs subirão em você, em seus conselheiros e em seu povo.
5 Depois o Senhor disse a Moisés: “Diga a Arão que estenda a mão com a vara sobre os rios, sobre os canais e sobre os açudes, e faça subir deles rãs sobre a terra do Egito”.
6 Assim Arão estendeu a mão sobre as águas do Egito, e as rãs subiram e cobriram a terra do Egito.
7 Mas os magos fizeram a mesma coisa por meio das suas ciências ocultas: fizeram subir rãs sobre a terra do Egito.
Êxodo 8.8 – 14: O pedido de Faraó
8 O faraó mandou chamar Moisés e Arão e disse: “Orem ao Senhor para que ele tire estas rãs de mim e do meu povo; então deixarei o povo ir e oferecer sacrifícios ao Senhor”.
9 Moisés disse ao faraó: “Tua é a honra de dizer-me quando devo orar por ti, por teus conselheiros e por teu povo, para que tu e tuas casas fiquem livres das rãs e sobrem apenas as que estão no rio”.
10 “Amanhã”, disse o faraó. Moisés respondeu: “Será como tu dizes, para que saibas que não há ninguém como o Senhor, o nosso Deus.
11 As rãs deixarão a ti, a tuas casas, a teus conselheiros e a teu povo; sobrarão apenas as que estão no rio.
12 Depois que Moisés e Arão saíram da presença do faraó, Moisés clamou ao Senhor por causa das rãs que enviara sobre o faraó.
13 E o Senhor atendeu o pedido de Moisés; morreram as rãs que estavam nas casas, nos pátios e nos campos.
14 Foram ajuntadas em montões e, por isso, a terra cheirou mal.
Êxodo 8.15 – 19: A praga dos piolhos
15 Mas quando o faraó percebeu que houve alívio, obstinou-se em seu coração e não deu mais ouvidos a Moisés e a Arão, conforme o Senhor tinha dito.
16 Então o Senhor disse a Moisés: “Diga a Arão que estenda a sua vara e fira o pó da terra, e o pó se transformará em piolhos por toda a terra do Egito”.
17 Assim fizeram e, quando Arão estendeu a mão e com a vara feriu o pó da terra, surgiram piolhos nos homens e nos animais. Todo o pó de toda a terra do Egito transformou-se em piolhos.
18 Mas, quando os magos tentaram fazer surgir piolhos por meio das suas ciências ocultas, não conseguiram. E os piolhos infestavam os homens e os animais.
19 Os magos disseram ao faraó: “Isso é o dedo de Deus”. Mas o coração do faraó permaneceu endurecido, e ele não quis ouvi-los, conforme o Senhor tinha dito.
Êxodo 8.20 – 23: As palavras de Deus
20 Depois o Senhor disse a Moisés: Levante-se bem cedo e apresente-se ao faraó, quando ele estiver indo às águas. Diga-lhe que assim diz o Senhor: Deixe o meu povo ir para que me preste culto.
21 Se você não deixar meu povo ir, enviarei enxames de moscas para atacar você, os seus conselheiros, o seu povo e as suas casas. As casas dos egípcios e o chão em que pisam se encherão de moscas.
22 Mas naquele dia tratarei de maneira diferente a terra de Gósen, onde habita o meu povo; nenhum enxame de moscas se achará ali, para que você saiba que eu, o Senhor, estou nessa terra.
23 Farei distinção entre o meu povo e o seu. Este sinal milagroso acontecerá amanhã.
Êxodo 8.24 – 31: A praga das moscas
24 E assim fez o Senhor. Grandes enxames de moscas invadiram o palácio do faraó e as casas de seus conselheiros, e em todo o Egito a terra foi arruinada pelas moscas.
25 Então o faraó mandou chamar Moisés e Arão e disse: “Vão oferecer sacrifícios ao seu Deus, mas não saiam do país”.
26 “Isso não seria sensato”, respondeu Moisés; “os sacrifícios que oferecemos ao Senhor, o nosso Deus, são um sacrilégio para os egípcios. Se oferecermos sacrifícios que lhes pareçam sacrilégio, isso não os levará a nos apedrejar?
27 Faremos três dias de viagem no deserto, e ofereceremos sacrifícios ao Senhor, o nosso Deus, como ele nos ordena.
28 Disse o faraó: “Eu os deixarei ir e oferecer sacrifícios ao Senhor, o seu Deus, no deserto, mas não se afastem muito e orem por mim também”.
29 Moisés respondeu: “Assim que sair da tua presença, orarei ao Senhor, e amanhã os enxames de moscas deixarão o faraó, teus conselheiros e teu povo. Mas que o faraó não volte a agir com falsidade, impedindo que o povo vá oferecer sacrifícios ao Senhor”.
30 Então Moisés saiu da presença do faraó e orou ao Senhor,
31 e o Senhor atendeu o seu pedido: as moscas deixaram o faraó, seus conselheiros e seu povo; não restou uma só mosca.
Êxodo 8.32: A obstinação de Faraó
32 Mas também dessa vez o faraó obstinou-se em seu coração e não deixou que o povo saísse.