Vemos em Gênesis 21 o maravilhoso relato do nascimento de Isaque, o filho da promessa. Aqui, aprendemos que a confiança e dependência nas promessas de Deus são um caminho seguro, embora muitas vezes adversos e confusos.
Uma expressão deve ser destacada aqui: “Sara engravidou e deu um filho a Abraão em sua velhice, na época fixada por Deus em sua promessa”. (v.2). No tempo determinado por Deus o milagre de Abraão e Sara chegou, o mesmo aconteceu a Jesus Cristo, “na plenitude dos tempos” Ele nasceu (Gálatas 4:4).
Sendo assim, vemos que o nascimento de Isaque prefigura o de Jesus. Os dois só nasceram quando o tempo do propósito de Deus se cumpriu.
Por mais que as coisas fiquem “loucas” ao nosso redor e tudo saia do lugar, o Deus Soberano jamais se atrasa ou adianta. Ele tem a nossa história em suas mãos e está atento ao clamor de seus filhos que a Ele clamam.
O Senhor tem tempo determinado para tudo em nossas vidas, e quando o tempo ideal de Deus chegou na vida de Abraão e Sara eles receberam a promessa.
Com isso, uma importante etapa é fechada na vida do pai e da mãe das nações. Eles finalmente venceram a esterilidade, o tempo e a impossibilidade humana que vem sendo relatada desde Gênesis 11.
Além disso, vemos que Deus é fiel a suas promessas, Abraão creu mesmo em meio as impossibilidades e Sara adorou ao Senhor em gratidão pelo menino.
Esboço de Gênesis 21:
21.1 – 8: O Nascimento de Isaque
21.9 – 13: Sara pede a expulsão de Hagar e Ismael
21.14 – 21: O cuidado de Deus com Ismael e Hagar
21.22 – 32: A aliança entre Abimeleque e Abraão
21.33,34: Abraão invoca ao Deus Eterno
Gênesis 21.1 – 8: O Nascimento de Isaque
1 O Senhor foi bondoso com Sara, como lhe dissera, e fez por ela o que prometera.
2 Sara engravidou e deu um filho a Abraão em sua velhice, na época fixada por Deus em sua promessa.
3 Abraão deu o nome de Isaque ao filho que Sara lhe dera.
4 Quando seu filho Isaque tinha oito dias de vida, Abraão o circuncidou, conforme Deus lhe havia ordenado.
5 Estava ele com cem anos de idade quando lhe nasceu Isaque, seu filho.
6 E Sara disse: “Deus me encheu de riso, e todos os que souberem disso rirão comigo”.
7 E acrescentou: “Quem diria a Abraão que Sara amamentaria filhos? Contudo eu lhe dei um filho em sua velhice!”
8 O menino cresceu e foi desmamado. No dia em que Isaque foi desmamado, Abraão deu uma grande festa.
Gênesis 21.9 – 13: Sara pede a expulsão de Hagar e Ismael
9 Sara, porém, viu que o filho que Hagar, a egípcia, dera a Abraão estava rindo de Isaque,
10 e disse a Abraão: “Livre-se daquela escrava e do seu filho, porque ele jamais será herdeiro com o meu filho Isaque”.
11 Isso perturbou demais Abraão, pois envolvia um filho seu.
12 Mas Deus lhe disse: Não se perturbe por causa do menino e da escrava. Atenda a tudo o que Sara lhe pedir, porque será por meio de Isaque que a sua descendência há de ser considerada.
13 Mas também do filho da escrava farei um povo; pois ele é seu descendente.
Gênesis 21.14 – 21: O cuidado de Deus com Ismael e Hagar
14 Na manhã seguinte, Abraão pegou alguns pães e uma vasilha de couro cheia d’água, entregou-os a Hagar e, tendo-os colocado nos ombros dela, despediu-a com o menino. Ela se pôs a caminho e ficou vagando pelo deserto de Berseba.
15 Quando acabou a água da vasilha, ela deixou o menino debaixo de um arbusto
16 e foi sentar-se perto dali, à distância de um tiro de flecha, porque pensou: “Não posso ver o menino morrer”. Sentada ali perto, começou a chorar.
17 Deus ouviu o choro do menino, e o anjo de Deus, do céu, chamou Hagar e lhe disse: O que a aflige, Hagar? Não tenha medo; Deus ouviu o menino chorar, lá onde você o deixou.
18 Levante o menino e tome-o pela mão, porque dele farei um grande povo.
19 Então Deus lhe abriu os olhos, e ela viu uma fonte. Foi até lá, encheu de água a vasilha e deu de beber ao menino.
20 Deus estava com o menino. Ele cresceu, viveu no deserto e tornou-se flecheiro.
21 Vivia no deserto de Parã, e sua mãe conseguiu-lhe uma mulher da terra do Egito.
Gênesis 21.22 – 32: A aliança entre Abimeleque e Abraão
22 Naquela ocasião, Abimeleque, acompanhado de Ficol, comandante do seu exército, disse a Abraão: Deus está contigo em tudo o que fazes.
23 Agora, jura-me, diante de Deus, que não vais enganar-me, nem a mim nem a meus filhos e descendentes. Trata a nação que te acolheu como estrangeiro com a mesma bondade com que te tratei.
24 Respondeu Abraão: “Eu juro!”
25 Todavia Abraão reclamou com Abimeleque a respeito de um poço que os servos de Abimeleque lhe tinham tomado à força.
26 Mas Abimeleque lhe respondeu: “Não sei quem fez isso. Nunca me disseste nada, e só fiquei sabendo disso hoje”.
27 Então Abraão trouxe ovelhas e bois, deu-os a Abimeleque, e os dois firmaram um acordo.
28 Abraão separou sete ovelhas do rebanho,
29 pelo que Abimeleque lhe perguntou: “Que significam estas sete ovelhas que separaste das demais?”
30 Ele respondeu: “Aceita estas sete ovelhas de minhas mãos como testemunho de que eu cavei este poço”.
31 Por isso aquele lugar foi chamado Berseba, porque ali os dois fizeram um juramento.
32 Firmado esse acordo em Berseba, Abimeleque e Ficol, comandante das suas tropas, voltaram para a terra dos filisteus.
Gênesis 21.33,34: Abraão invoca ao Deus Eterno
33 Abraão, por sua vez, plantou uma tamargueira em Berseba e ali invocou o nome do Senhor, o Deus Eterno.
34 E morou Abraão na terra dos filisteus por longo tempo.