Em Isaías 21, o Senhor faz uma advertência contra os moradores de deserto. Eles serão consumidos. Toda a dor e gemido que eles causaram será silenciado. Deus ordena ao profeta que coloque um vigia na torre. Sua função é avisar sobre tudo o que se aproxima da cidade.
Precisamos estar alertas com relação a tudo em nossas vidas, principalmente o mundo espiritual. Devemos ser como sentinelas, vigilantes. Não podemos deixar passar nenhum detalhe, tudo deve estar diante de Deus em oração. Somente assim, estaremos seguros.
Quem foi Merodaque-Baladã
Em 722 a.C. um príncipe caldeu da região do Golfo Pérsico, chamado Marduk-apal-iddina (chamado Merodaque-Baladã em Isaías 39:1), revoltou-se contra a Assíria, capturou a Babilônia e foi coroado rei da Babilônia.
Elão, uma nação a nordeste da Babilônia, apoiou sua revolta.
Contudo, Sargão conseguiu expulsar Merodaque-Baladã da Babilônia. Após a morte de Sargão em 705 Merodaque-Baladã junto com as tropas elamitas se revoltaram contra Senaqueribe.
Em 702 Senaqueribe finalmente derrotou ele (e Elão) e devastou sua terra ao redor do Golfo Pérsico.
Sem dúvida, Isaías estava profetizando sobre essa situação.
Ezequias, rei de Judá, e outros membros de sua corte real achavam que Merodaque-Baladã seria capaz de acabar com a força do Império Assírio.
Mas Isaías estava avisando-os de que isso não aconteceria.
Isaías 21:1 Tentativa errada
Na profecia de Isaías 21:1 o profeta Isaías retratou uma invasão do Deserto pelo Mar (ou seja, Babilônia pelo Golfo Pérsico) como sendo semelhante a uma tempestade do deserto se aproximando.
O invasor foi provavelmente Merodaque-Baladã, que surgiu repentinamente das regiões desérticas para se revoltar contra a Assíria.
Em Isaías 21:2 Deus deu a Isaías uma visão sobre a investida da Babilônia contra a Assíria. O profeta ouviu o grito de guerra para que Elão e Média (ao norte de Elão) atacassem a Babilônia e a libertassem da Assíria.
Aparentemente, Merodaque-Baladã sentiu que seria capaz de parar o avanço assírio e, assim, libertar toda a região.
Horrorizado
Em Isaías 21:3-5 Isaías descreve como ele está se sentindo por causa das visões e como as pessoas que serão atingidas pelo juízo, estão se comportando.
Por causa da profecia que ele estava prestes a anunciar, sentia dores como as de uma mulher em trabalho de parto.
Perplexo, ele tremia e estava em um estado de horror.
Em contraste, as pessoas ao seu redor viviam como se nada estivesse acontecendo. Eles continuaram em uma atitude de celebração sem perceber as implicações do que estava acontecendo. Talvez Isaías estivesse vendo, profeticamente, o banquete que seria feito quando os homens de Merodaque-Baladã viessem a Jerusalém, episódio registrado em Isaías 39.
Isaías percebeu que a Babilônia sob o controle de Merodaque-Baladã não poderia mudar o que Deus ordenou. Portanto, em vez de comer, eles deveriam ter se preparado para a batalha, o que está implícito nas palavras “preparem os escudos”.
Os escudos feitos de peles de animais precisavam ser esfregados com azeite de oliva para evitar que rachassem.
Isaías 21:6-10 Um vigia de prontidão
Em 21:6–10 Deus diz a Isaías que deve haver alguém observando a batalha entre a Babilônia e a Assíria. O vigia devia procurar qualquer um que viesse em seu caminho para trazer notícias sobre a batalha.
O vigia olhava dia após dia até que finalmente alguém chegasse com a mensagem de que a Babilônia havia caído e seus deuses estavam despedaçados no chão (v.9).
O impacto emocional desta mensagem sobre o povo de Judá, que esperava que a revolta da Babilônia fosse bem-sucedida, seria impressionante.
Eles esperavam que a aliança que Ezequias fez com a Babilônia quebrasse o domínio assírio. Mas não era para ser. Senaqueribe expulsou Merodaque-Baladã da Babilônia e, conforme declarado anteriormente em Isaías 13, o rei assírio acabou destruindo a cidade em 689 a.C.
A queda da Babilônia pareceu a gota d’água. Agora ninguém poderia parar o Império Assírio. Assim, Judá se sentiu emocionalmente esmagado como grão na eira, conforme lemos em Jeremias 51:33.
Isaías encerra a seção reforçando que sua mensagem era de Deus, e que ele estava apenas contando o que tinha ouvido do Senhor Todo-Poderoso.
Judá não deveria confiar nos babilônios para salvá-los. Este homem do Deserto junto ao Mar (Merodaque-Baladã) não teria sucesso em ajudá-los.
Gosto muito do estudo, mas, sinto falta do video, aprendo mais!
Deus te abençoe!