Em Números 11 vemos que os israelitas começaram a reclamar de sua vida no deserto, o que deixou ao Senhor muito irritado, a ponto de consumi-los com fogo.
Para piorar ambiente, havia entre eles alguns estrangeiros, e estes se encheram do desejo de comer carne, e inflamaram aos israelitas com a mesma vontade.
Passaram a trazer à memória as comidas do Egito, e reclamar que só tinham o maná para comer.
As pessoas que estão a nossa volta, nos influenciam, direta ou indiretamente. Com isso, devemos estar atentos as mensagens que nos cercam.
A glutonaria e incredulidade que havia nos coração destes estrangeiros, contagiou o coração dos israelitas e eles esqueceram as promessas de Deus, e se desejaram voltar a vida de escravos no Egito.
Como é triste perceber, que assim como este povo, muitos de nós não estão satisfeitos com o cuidado de Deus no deserto da vida. Reclamamos, somos ingratos e desejamos a vida do passado, quando na verdade, deveríamos agradecer ao Senhor pelo seu sustento e pelas promessas que tornam este momento, algo transitório.
Algo melhor, maior e permanente está por vir. Canaã, a terra que mana leite e mel. Nela poderemos nos saciar e desfrutar o melhor de Deus para nossa vida, mas por enquanto, é preciso suportar as aflições do deserto e ser grato pelo cuidado do Senhor.
Esboço de Números 11:
11.1 – 3: A queixa dos israelitas
11.4 – 15: A perturbação dos príncipes e do povo
11.16 – 23: Nomeação de ajudantes para Moisés
11.24 – 30: Deus promete prover carne para o povo
11.31 – 35: As codornizes
Números 11.1 – 3: A queixa dos israelitas
1 Aconteceu que o povo começou a queixar-se das suas dificuldades aos ouvidos do Senhor. Quando ele os ouviu, a sua ira acendeu-se e fogo da parte do Senhor queimou entre eles e consumiu algumas extremidades do acampamento.
2 Então o povo clamou a Moisés, este orou ao Senhor, e o fogo extinguiu-se.
3 Por isso aquele lugar foi chamado Taberá, porque o fogo da parte do Senhor queimou entre eles.
Números 11.4 – 15: A perturbação dos príncipes e do povo
4 Um bando de estrangeiros que havia no meio deles encheu-se de gula, e até os próprios israelitas tornaram a queixar-se, e diziam: Ah, se tivéssemos carne para comer!
5 Nós nos lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos alhos-porós, das cebolas e dos alhos.
6 Mas agora perdemos o apetite; nunca vemos nada, a não ser este maná!
7 O maná era como semente de coentro e tinha aparência de resina.
8 O povo saía recolhendo o maná nas redondezas, e o moía num moinho manual ou socava-o num pilão; depois cozinhava o maná e com ele fazia bolos. Tinha gosto de bolo amassado com azeite de oliva.
9 Quando o orvalho caía sobre o acampamento à noite, também caía o maná.
10 Moisés ouviu gente de todas as famílias se queixando, cada uma à entrada de sua tenda. Então acendeu-se a ira do Senhor, e isso pareceu mal a Moisés.
11 E ele perguntou ao Senhor: Por que trouxeste este mal sobre o teu servo? Foi por não te agradares de mim, que colocaste sobre os meus ombros a responsabilidade de todo esse povo?
12 Por acaso fui eu quem o concebeu? Fui eu quem o deu à luz? Por que me pedes para carregá-lo nos braços, como uma ama carrega um recém-nascido, para levá-lo à terra que prometeste sob juramento aos seus antepassados?
13 Onde conseguirei carne para todo esse povo? Eles ficam se queixando contra mim, dizendo: “Dê-nos carne para comer!”
14 Não posso levar todo esse povo sozinho; essa responsabilidade é grande demais para mim.
15 Se é assim que vais me tratar, mata-me agora mesmo; se te agradas de mim, não me deixes ver a minha própria ruína.
Números 11.16 – 23: Nomeação de ajudantes para Moisés
16 E o Senhor disse a Moisés: Reúna setenta autoridades de Israel, que você sabe que são líderes e supervisores entre o povo. Leve-os à Tenda do Encontro, para que estejam ali com você.
17 Eu descerei e falarei com você; e tirarei do Espírito que está sobre você e o porei sobre eles. Eles o ajudarão na árdua responsabilidade de conduzir o povo, de modo que você não tenha que assumir tudo sozinho.
18 Diga ao povo: Consagrem-se para amanhã, pois vocês comerão carne. O Senhor os ouviu quando se queixaram a ele, dizendo: “Ah, se tivéssemos carne para comer! Estávamos melhor no Egito!” Agora o Senhor lhes dará carne, e vocês a comerão.
19 Vocês não comerão carne apenas um dia, ou dois, ou cinco, ou dez ou vinte,
20 mas um mês inteiro, até que lhes saia carne pelo nariz e vocês tenham nojo dela, porque rejeitaram o Senhor, que está no meio de vocês, e se queixaram a ele, dizendo: “Por que saímos do Egito?”
21 Disse, porém, Moisés: Aqui estou eu no meio de seiscentos mil homens em pé, e dizes: “Darei a eles carne para comerem durante um mês inteiro!”
22 Será que haveria o suficiente para eles se todos os rebanhos fossem abatidos? Será que haveria o suficiente para eles se todos os peixes do mar fossem apanhados?
23 O Senhor respondeu a Moisés: “Estará limitado o poder do Senhor? Agora você verá se a minha palavra se cumprirá ou não”.
Números 11.24 – 30: Deus promete prover carne para o povo
24 Então Moisés saiu e contou ao povo o que o Senhor tinha dito. Reuniu setenta autoridades dentre eles e as dispôs ao redor da Tenda.
25 O Senhor desceu na nuvem e lhe falou, e tirou do Espírito que estava sobre Moisés e o pôs sobre as setenta autoridades. Quando o Espírito veio sobre elas, profetizaram, mas depois nunca mais tornaram a fazê-lo.
26 Entretanto, dois homens, chamados Eldade e Medade, tinham ficado no acampamento. Ambos estavam na lista das autoridades, mas não tinham ido para a Tenda. O Espírito também veio sobre eles, e profetizaram no acampamento.
27 Então, certo jovem correu e contou a Moisés: “Eldade e Medade estão profetizando no acampamento”.
28 Josué, filho de Num, que desde jovem era auxiliar de Moisés, interferiu e disse: “Moisés, meu senhor, proíba-os!”
29 Mas Moisés respondeu: “Você está com ciúmes por mim? Quem dera todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor pusesse o seu Espírito sobre eles!”
30 Então Moisés e as autoridades de Israel voltaram para o acampamento.
Números 11.31 – 35: As codornizes
31 Depois disso, veio um vento da parte do Senhor que trouxe codornizes do mar e as fez cair por todo o acampamento, a uma altura de noventa centímetros, espalhando-as em todas as direções num raio de um dia de caminhada.
32 Durante todo aquele dia e aquela noite e durante todo o dia seguinte, o povo saiu e recolheu codornizes. Ninguém recolheu menos de dez barris. Então eles as estenderam para secar ao redor de todo o acampamento.
33 Mas, enquanto a carne ainda estava entre os seus dentes e antes que a ingerissem, a ira do Senhor acendeu-se contra o povo, e ele o feriu com uma praga terrível.
34 Por isso o lugar foi chamado Quibrote-Hataavá, porque ali foram enterrados os que tinham sido dominados pela gula.
35 De Quibrote-Hataavá o povo partiu para Hazerote, e lá ficou.
Por que os israelitas não comiam do rebanho de animais que ele levavam?